XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

INFLUENCIA DA SOBRECARGA SALINA NO PERFIL LIPIDICO E GLICEMICO EM RATOS

Introdução

Considerando que a população atual tem feito uso de uma alimentação rica em sal, torna-se importante a melhor compreensão da relação entre consumo de sal , metabolismo da glicose, uma vez que pouco se conhece sobre este assunto.

Objetivo

Avaliar as possíveis alterações de composição corporal e perfil lipídico e glicêmico, desencadeadas por meio de uma dieta rica em sal, independente de hipertensão.

Método

Foram usados ratos Wistar machos divididos em três grupos: controle (água livre de sal), 2 e 12 semanas de sobrecarga salina (NaCl 1% na água de beber). Foi realizada a medida da glicemia basal, bem como o teste de tolerância à glicose no início e ao final do experimento. Semanalmente, os animais foram pesados. Na penúltima semana de tratamento, os animais foram adaptados e de avaliados em gaiola metabólica. Já na última semana de tratamento foi realizada medida do nível de pressão arterial sistólica (PAS) e frequência cardíaca (FC) por meio de plestimografia de cauda. Ao final do tempo experimental, os animais foram eutanasiados e foram coletados: sangue, tecido adiposo branco subcutâneo (abdominal), tecido adiposo branco visceral (periepididimal e retroperitenal), tecido adiposo marrom, fígado e pâncreas.

Resultados e Conclusões

Ao final do estudo, verificamos que não houve alteração da PAS e nem da FC. Já a ingesta de água e o volume de urina aumentaram nos grupos sal-2 (+71% e +104%, respectivamente) e sal-12 (+101% e +147%, respectivamente). Tanto o peso corporal como o peso de coração e pâncreas não se alteraram entre os grupos. Da mesma forma, o tecido adiposo branco perirenal e o periepididimal não apresentaram diferença de peso. Porém, o tecido adiposo branco subcutâneo aumentou tanto no grupo Sal-2 (+142%) como Sal-12 (+64%). Já o tecido adiposo marrom apresentou pequeno aumento, mas não significante (sal-2:+12% e sal-12: + 11%). Tanto a avaliação da glicemia basal como a análise do GTT não mostraram diferenças significantes entre os grupos. Os resultados mostram que a sobrecarga salina não alterou a pressão arterial, embora tenha aumentado ingestão de água e volume de urina. Embora não tenhamos observado grantes alterações de peso de diferentes tecidos e nem da glicemia e GTT, o aumento importante do tecido adiposo subcutâneo sugere uma alteração no metabolismo lipídico em resposta ao aumento da ingesta de NaCl.

Palavras Chave

sobrecarga salina, pressão arterial, GTT, tecido adiposo branco

Área

ÁREA BÁSICA

Instituições

USP - São Paulo - Brasil

Autores

Natalia Nunes Peron, Juliane Cristina Souza Silva, Cintia Taniguti Lima, Rariane Lima, Maikon B Silva, Maria Claudia Irigoyen, Silvia Lacchini