XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

A HIPERTENSAO NA GRAVIDEZ E AS CONSEQUENCIAS PARA O RECEM-NASCIDO

Introdução

O Ministério da Saúde avalia que a hipertensão arterial na gravidez, de acordo com o grau de severidade, é considerada como fator de risco somado às características individuais, condições socioeconômicas e intercorrências clínicas, que podem desencadear danos ao binômio materno-fetal. A presença de doença hipertensiva na gestante, tanto na forma crônica como na pré-eclâmpsia, provoca alterações no desenvolvimento da gestação, desde uma possível prematuridade até alterações na estatura e peso do recém-nascido. A grande quantidade de casos de hipertensão durante a gravidez nos permite avaliar de maneira adequada as alterações envolvidas.

Objetivo

Verificar a prevalência da hipertensão em gestantes de São José do Rio Preto e região e observar como ela pode interferir no feto, no recém-nascido e na mãe.

Método

Análise retrospectiva de prontuários eletrônicos de recém-nascidos no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, nos anos de 2014 e 2016. Utilização de dados clínicos, epidemiológicos e antropométricos relacionados à gestação, ao parto e ao feto.

Resultados e Conclusões

foram colhidos dados de 7272 gestantes, sendo que 791 (10.87%) desenvolveram hipertensão em algum momento da gestação. Para este estudo, foram excluídas todas as mães que apresentaram alguma doença, que não hipertensão, antes ou durante sua gravidez. No total, 4326 gestantes foram analisadas, sendo que 334 (7.72%) eram apenas hipertensas e o restante não apresentou nenhuma doença ou comorbidade. A média de idade das mães foi 2 anos maior no grupo de mulheres hipertensas e, além disso, essas gestantes realizaram mais partos por via abdominal (cesárea). Com relação aos recém-nascidos, houve diferença estatisticamente significante em idade gestacional, peso, estatura e perímetro cefálico, com as crianças provenientes de mães hipertensas apresentando valores menores. Também neste grupo, houve maior frequência de anomalias congênitas, com uma prevalência 50% maior; problemas respiratórios ao nascimento foram 2.46 vezes mais frequentes. Evidenciou-se o quão incisiva é a hipertensão em comprometer o desenvolvimento fisiológico normal do feto e do recém-nascido. A partir da análise, torna-se evidente a necessidade da realização do diagnóstico e tratamento precoce da hipertensão nas gestantes, dando um valor ainda maior à realização de um pré-natal bem coordenado e acompanhado.

Palavras Chave

Hipertensão induzida pela gravidez, saúde materno-infantil, doenças fetais

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

FAMERP - São Paulo - Brasil

Autores

Rodrigo Sborgi Rocha, Marcos Tayar Augusto, Pedro Henrique Carrilho Garcia, Denise Mós Vaz Oliani, Antonio Helio Oliani, Cassia Fernanda Estofolete, Maurício Lacerda Nogueira