Dados do Trabalho
Título
TREINAMENTO COMBINADO REDUZ PRESSAO ARTERIAL DE SHR TRATADOS COM DEXAMETASONA COM MELHORA NA RIGIDEZ ARTERIAL E PARAMETROS ESTRUTURAIS DO CORAÇAO
Introdução
A hipertensão induzida pelo tratamento com a dexametasona (DEX) pode estar associada com alterações de rigidez arterial e remodelamento cardíaco e pouco se sabe sobre os efeitos da DEX em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). O treinamento físico combinado (TFC) tem-se mostrado eficiente no controle da hipertensão arterial.
Objetivo
O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos do pré-treinamento físico combinado, na pressão arterial, rigidez arterial e parâmetros estruturais do coração em ratos SHR tratados com DEX.
Método
Quarenta SHR e 10 ratos Wistar (W) foram submetidos a um protocolo de TFC: aeróbio, na esteira e resistido, na escada (SHRTC e SHRTD: 60% do máximo, 5 dias/semana, em dias alternados, durante 74 dias) ou mantidos sedentários (SHRSC e SHRSD). Nos últimos 14 dias, os animais foram tratados com DEX (D: 50 μg/kg, s.c.) ou salina (C). Após o protocolo experimental os animais foram submetidos às análises de ecocardiograma, velocidade de onda de pulso (VOP) e pressão de cauda (PA). Teste-T e ANOVA de dois caminhos foram usados para comparar os grupos (p<0,05).
Resultados e Conclusões
Os SHR apresentaram valores de VOP (1,75±0,26 vs 1,4±0,19 m/s) e PA (194,80±10 vs 143,94± 11 mmHg) maiores que os W. O TFC per se atenuou o aumento de pressão de cauda em 10%, quando comparado aos animais sedentários e não alterou significativamente a VOP. O tratamento com DEX determinou aumento de PA (+20%) nos animais sedentários, por outro lado, TFC reduziu a PA dos SHR controles (-12%) e atenuou o aumento de PA dos tratados com DEX (-13%, para SHRTD vs SHRSD). Da mesma forma, o tratamento com DEX aumentou em 17% a VOP (p>0,05) e o TFC reduziu significativamente este aumento (-17%, vs SHRSD). Nos parâmetros estruturais do coração, os SHR apresentaram maiores valores de diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE) e de índice de massa do VE (I.MVE), bem como menores valores de diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (DDVE), comparados aos W. O tratamento com DEX aumentou em 11% o I.MVE sem alteração significativa do DSVE e DDVE. Por outro lado, o TFC atenuou os valores de I.MVE sem alteração de câmaras cardíacas. Os resultados sugerem que o TFC possa ser uma estratégia importante para reduzir PA de SHR tratados com DEX, uma vez que contribui para a melhora da rigidez arterial e de massa ventricular, preservando câmaras cardíacas.
Palavras Chave
Hipertensão Arterial, Treinamento Físico Combinado, Dexametasona, Rigidez Arterial
Área
ÁREA MULTIDISCIPLINAR - ED. FÍSICA
Instituições
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - São Paulo - Brasil
Autores
Lidieli Pazin Tardelli, Francine Duchatsch, Naiara Araujo Herrera, Mayara Florencio Fabricio, Katashi Okoshi, Sandra Lia Amaral