XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

A IMPORTANCIA DO ACOMPANHAMENTO MULTIDISCIPLINAR NO TRATAMENTO DO IDOSO HIPERTENSO

Apresentação do Caso

Paciente com 74 anos, feminina, branca, portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM 2) e Dislipidemia (DLP). Hipertensa há aproximadamente 34 anos, fez acompanhamento cardiológico irregular por 33 anos em uso de Metildopa. Apresenta variação intensa com picos sistólicos aleatórios há 6 meses após adversidades familiares que afetaram o vínculo afetivo, e consequentemente sua atenção à saúde e cuidados com a HAS. Após avaliação cardiológica iniciou-se gradativamente diurético, bloqueador de receptor da angiotensina (BRA) e bloqueador de canal de cálcio, com diminuição da recorrência de picos hipertensivos, contudo apresentou os seguintes exames: ecocardiograma com discreta hipertrofia miocárdica do tipo concêntrica com VE adaptado; FE 63%; contratilidade preservada; PSAP 33 mmHg; IAo mínima e IM discreta; AE 35ml/m². No momento está em acompanhamento multidisciplinar (psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia), com estabilização dos níveis pressóricos há cerca de 2 meses. Aguarda completar 6 meses para realização de novo ecocardiograma e exames gerais conforme protocolo.

Discussão

A alteração fisiológica na elasticidade dos grandes vasos em idosos, agregada aos fatores externos, tanto de caráter físico quanto psíquico, interferem na normalização dos níveis pressóricos. Por conseguinte, faz-se necessário a intervenção com profissionais que associem o tratamento medicamentoso ao não-farmacológico. A equipe multidisciplinar deve ser capacitada em medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces e adequados, orientação, educação e motivação a fim de modificar hábitos de vida, diminuir os fatores de riscos cardiovasculares, incentivar a adesão terapêutica, a melhora da eficácia anti-hipertensiva e a diminuição dos efeitos colaterais. Sendo assim, a assistência profissional conjunta expressou maior competência e eficiência no caso, resultando na estabilização dos níveis pressóricos.

Comentários finais

A HAS não controlada está associada a um importante aumento de eventos cardiovasculares com consequente diminuição da sobrevida e piora na qualidade de vida. Logo, é imprescindível a atuação de uma equipe multidisciplinar na abordagem da HAS no idoso. Visto que se trata de uma doença crônica de etiologia multifatorial, o paciente deve ser assistido de maneira integral, em seu contexto social e ambiental.

Palavras Chave

Hipertensão Arterial Sistêmica; Idoso; Multidisciplinar.

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

INSTITUTO DO CORAÇÃO DE RIO PRETO - INCOR RIO PRETO - São Paulo - Brasil

Autores

ISAAC LIMEIRA PAXINI MACHADO, REGIANE MARIA ROSA VIEIRA, MARINA CARDOSO, JOÃO PEDRO CAJANGO FÁVERO COIMBRA