Dados do Trabalho
Título
FATORES DE RISCO PARA O INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO EM PACIENTES ATENDIDOS EM CAMPO GRANDE-MS
Introdução
D e a c o r d o c o m d a d o s d o D e p a r t a m e n t o d e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2013, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) foi a principal causa de morte por doença cardíaca no Brasil, tendo sido observado aumento de 48% entre 1996 e 2011.Caso esse padrão persista, a previsão é de que o IAM torne-se a principal causa de morte em 2020. Dentre os fatores de risco para o IAM estão os não modificáveis e os modificáveis. Os primeiros estão relacionados a variáveis pessoais, como sexo, idade, raça e história familiar de doenças coronarianas. Já os fatores modificáveis incluem sedentarismo, ingestão de álcool e tabagismo, obesidade bem como outras doenças já existentes, sobretudo Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e Dislipidemia. De acordo com o IBGE, em 2013, a proporção de indivíduos de 18 anos ou mais que referiram diagnóstico de HAS no Brasil foi de 21,4% da população. Dessa forma, tornou-se importante determinar a prevalência da hipertensão arterial sistêmica e outros fatores de risco em pacientes com infarto agudo do miocárdio admitidos no setor de cardiologia de um serviço de saúde terciário de Campo Grande-MS.
Objetivo
Identificar os fatores de risco associados ao Infarto Agudo Miocárdio (IAM) em pacientes atendidos no município de Campo Grande-MS.
Método
Foram analisados 385 prontuários de pacientes admitidos em uma instituição terciária de Campo Grande-MS entre janeiro de 2014 a janeiro de 2017.
Resultados e Conclusões
No período estudado foram avaliados pacientes com diagnóstico de IAM com e sem elevação do segmento ST. Quanto ao sexo, 66% eram masculino e 34% do sexo feminino. Do total dos pacientes 52% eram procedentes de Campo Grande, enquanto o restante residiam em demais cidades do Estado. Houve relação direta do tabagismo e da Hipertensão Arterial Sistêmica na frequência de IAM, uma vez que 72% eram hipertensos ( H: 61% M: 39%) e 52% tabagistas (H: 72,7% M: 27%). A prevalência de diabéticos encontrada foi de 32% (H: 57,1% M: 42,9%). e a associação DM e HAS ocorreu em 28,5% (H:55,5% M:44,5%) dos indivíduos com IAM. A dislipidemia foi registrada em 19% dos pacientes. O índice de óbito por IAM na população estudada foi de 9%; sendo que, a presença de HAS e DM ocorreu em 40% do total de óbitos (H:14,3% M:25,7%). Neste estudo, as variáveis sexo masculino, HAS, DM e tabagismo constituíram os principais fatores de risco independentemente associados ao IAM
Palavras Chave
Infarto Agudo do Miocárdio, Hipertensão Arterial Sistêmica, Fatores de risco.
Área
ÁREA BÁSICA
Instituições
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL - Mato Grosso do Sul - Brasil
Autores
IZABELA SANTOS BARBOSA, Camilla S Sodré, Renato Bichat de Arruda