Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA FUNÇAO ENDOTELIAL E RIGIDEZ ARTERIAL EM OBESOS COM E SEM RESISTENCIA A INSULINA
Introdução
A obesidade está associada a distúrbios metabólicos incluindo a resistência à insulina e disfunção endotelial. Nos últimos anos, tem havido maior conscientização sobre os indivíduos que não se encaixam no fenótipo tradicional da obesidade e que, apesar do excesso de peso e IMC elevado, não apresentam um perfil metabólico prejudicado.
Objetivo
Avaliar os parâmetros clínicos e vasculares em pacientes com e sem resistência à insulina.
Método
Estudo transversal, com pacientes obesos divididos em dois grupos, segundo ponto de corte do HOMA-IR: grupo 1 (<2,7; n=18) e grupo 2 (≥2,7; n=21). Todos os pacientes foram submetidos à avaliação clínica, antropométrica e laboratorial, exames para avaliação da estrutura vascular e função endotelial.
Resultados e Conclusões
O grupo 2 apresentou níveis maiores de glicemia de jejum (p=0,004), insulina (p<0,001), triglicerídeos (p=0,042), razão triglicerídeos/HDL (p=0,003) e níveis reduzidos de HDL (p<0,001). Na avaliação antropométrica, a circunferência abdominal foi maior no grupo 2 (p<0,001), assim como a relação circunferência abdominal/quadril (p<0,001). Somente no grupo 2 o HDL se correlacionou negativamente com a razão circunferência abdominal/quadril (r= -0,570; p=0,007) assim como a correlação positiva da relação triglicerídeos/HDL com a razão circunferência abdominal/quadril (r= 0,446; p= 0,043). Em relação a estrutura vascular, destaca-se no grupo 2 uma correlação positiva da idade com a espessura médio-intimal média (r=0,725; p<0,001) e com a média-luz média (r=0,646; p=0,004) e essas correlações não foram encontradas no grupo 1. Resultados da avaliação de rigidez arterial foram semelhantes entre os grupos (p>0,05) mas observou-se correlação positiva entre a velocidade de onda de pulso e a razão triglicerídeos/HDL (r=0,354; p=0,037). Em relação à avaliação da rigidez arterial medida pela velocidade de onda de pulso, da função endotelial pela dilatação mediada pelo fluxo e de outros parâmetros hemodinâmicos centrais, não houve diferença significativa entre os grupos. O grupo de obesos com resistência à insulina apresentaram maior adiposidade visceral associada ao metabolismo prejudicado de glicídios e lipídios, levando a modificações vasculares precoces em relação ao grupo de obesos sem resistência insulínica.
Palavras Chave
Obesidade, HOMA-IR, Resistência à insulina
Área
ÁREA MULTIDISCIPLINAR - NUTRIÇÃO
Instituições
UERJ - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
Viviane Prangiel Menezes, Celia Cohen, Jenifer d´El- Rei, Michelle Rabello Cunha, Samanta Mattos, Caroline Vianna Costa, Rafael Seno Guimarães, Wille Oigman, Mario Fritsch Neves, Fernanda Jurema Medeiros