XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

PRE-ECLAMPSIA - RELATO DE CASO

Apresentação do Caso

SLA, 35 anos, G7P4A2, 4 partos normais sem intercorrências. Idade gestacional de 26 semanas, procurou atendimento no Hospital Regional de Santa Maria - DF (HRSM-DF) em 28/03 com queixa de cefaleia súbita em região occipital, que cedia parcialmente ao uso de paracetamol. Persistindo o sintoma, procurou atendimento novamente, com pressão arterial (PA) de 170x100 mmHg. Medicada com metildopa e liberada. Retornou em 03/04 com os mesmos sintomas e dispneia a médios esforços. Negava perdas vaginais, escotomas visuais e epigastralgia. Ao exame físico, PA de 170x108 mmHg, edema de membros inferiores (3+/4+) e pálpebras. Útero normotenso, movimentos fetais presentes, colo uterino fechado e batimentos cardíacos fetais (BCF) de 150 bpm. A conduta inicial consistiu na administração de hidralazina venosa, anlodipino e aumento da dose de metildopa. Avaliação laboratorial indicou proteinúria (8.068 mg/24h) e leucocitúria. Paciente evoluiu com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção preservada. Houve melhora após o uso de furosemida e deslanosideo endovenosos. Posteriormente, optou-se por substituição do deslanosideo por digoxina via oral. Em 18/04, movimentos fetais diminuíram e, em análise ultrassonográfica, foi observado obro fetal. Feito misoprostol com expulsão de feto empelicado pela bolsa e placenta completa, com peso de 615 gramas.

Discussão

A pré-eclâmpsia (PE) ocorre em 5 a 8% das gestações e é a principal causa de morte materna e perinatal nos países em desenvolvimento. Diagnosticada se há PA ≥ 140/90 mmHg após 20a semana e proteinúria ≥ 300mg/24h. A etiologia, não totalmente elucidada, inclui placentação inadequada, que resulta em hipoperfusão placentária. Pode cursar com diminuição da circulação útero- placentária, resultando, no feto: crescimento intrauterino restrito (CIR), hipóxia, baixo peso ao nascimento e óbito. A terapêutica deve ser individualizada, sendo o parto a única conduta definitiva. A decisão deve considerar IG, gravidade da PE e bem-estar fetal.

Comentários finais

A PE ocorre em 5 a 8% das gestações, definida por PA ≥ 140/90 mmHg e proteinúria após 20a semana. Pode cursar com CIR, hipóxia e óbito fetais. A conduta deve ser individualizada, sendo a única terapêutica definitiva o parto.

Palavras Chave

Doença Hipertensiva Gestacional; Pré-Eclâmpsia; Hipertensão; Proteinúria.

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (FACIPLAC) - Distrito Federal - Brasil

Autores

LAURA BEATRIZ DE FREITAS BASTOS, PEDRO PAULO DE MATOS, João Vítor VIlar Silveira, Júlia Maria Moreira Silva, Louise Habka Cariello, Ana Carolina Sales Jreige, Anna Clara Magalhães Farah, Julia Saliba Santos Avelans, Beatriz Vinhaes dos Reis, João Rafael Alencar de Sousa, Marta Alves de Freitas