XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM EM PACIENTES HIPERTENSOS DA ATENÇAO BASICA A SAUDE DE SENHOR DO BONFIM, BA.

Introdução

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) destaca-se, em âmbito mundial, entre as inúmeras patologias crônicas não transmissíveis que influenciam a causa e/ou agravamento das Doenças Cardiovasculares (DCV), uma vez que é subestimada por ser pouco perceptível e estar associada a fatores e marcadores de risco de outras DCV. Apresenta grande relevância epidemiológica, haja vista a dificuldade de controle adequado e de adesão ao tratamento. Portanto, estabelecer o risco de progressão e agravamento da HAS permite reduzir a morbimortalidade e aprimorar medidas preventivas para DCVs.

Objetivo

Foi proposto avaliar a associação da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em relação ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares em 10 anos de acordo com o Escore de Risco de Framingham (ERF), pela triagem de pacientes da Atenção Básica portadores de HAS.

Método

Pesquisa qualiquantitativa, transversal, por coleta de dados dos prontuários de pacientes das Unidades de Saúde da Família de Senhor do Bonfim, BA, que estabeleceu diferenças por análises estatísticas descritivas e inferenciais; e o risco de desenvolver DCV por ERF. Houve acesso a 3.325 prontuários, dos quais 746 pacientes atendiam aos critérios para determinação do ERF, sendo 340 (45,6%) com HAS (grupo CHA) e 406 (54,4%) sem (grupo NHA).

Resultados e Conclusões

O ERF determinou para CAH: risco baixo 111 (32,6%), médio 137 (40,2%), e alto 92 (27,0%); e para os NHA: risco baixo 321 (79,0%), médio 48 (11,8%) e alto 37 (9,1%). Estabeleceu-se que os CHA são mais susceptíveis ao progresso de DCV, em dez anos, pelo ERF (p<0,0001 ANOVA). Nos NHA houve associações significativas entre todas as variáveis analisadas como era esperado, sem diferenças entre a correlação e a regressão lineares, indicando o equilíbrio físio-metabólico dos fatores e marcadores analisados por ERF. Já em CHA, apesar das correlações terem sido significativas, a análise de regressão revelou que apenas Colesterol Total (p=0,0086); LDL (p<0,0001), Glicose (p<0,0006) e Idade (p<0,0001) têm associação significativa com ERF. Portanto, estes fatores e marcadores merecem maior atenção por parte da equipe de saúde da Atenção Básica, no decurso de HAS na população estudada, haja vista o maior risco cardiovascular por ERF (2,5 a 2,8 vezes) em CHA. O acompanhamento dos pacientes de médio e alto risco deve priorizar a mudança de estivo de vida, empregando medidas preventivas para HAS e DCV.

Palavras Chave

Escore de Risco de Framingham; Doenças cardiovasculares; Hipertensão Arterial Sistêmica; Fatores e Marcadores de Risco Cardiovascular; Estratégia de Saúde da Família, Atenção Básica à Saúde; Epidemiologia

Área

ÁREA BÁSICA

Instituições

Universidade do Estado da Bahia - Bahia - Brasil

Autores

Bruna Lais Silva Coutinho, Rosana Andrade Brito, Fabíola Jesus Cardoso, Rubson Dantas Silva, Andreza Silva Santos, Elizabeth Pereira Castro, Bruno Felipe Ferreira Lopes, Alvaro Luis Müller Fonseca