XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

ESTAMOS TRATANDO EFETIVAMENTE IDOSOS HIPERTENSOS COM COMORBIDADES NO SUS?

Introdução

Idosos constituem parcela da população que mais cresce atualmente, com significativo número de comorbidades, como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).

Objetivo

Analisar a efetividade do tratamento de idosos hipertensos com comorbidades em seguimento numa unidade pública de saúde de Ribeirão Preto, SP.

Método

Delineamento: observacional, descritivo, prospectivo e transversal. Casuística: 196 idosos (60-79 anos) hipertensos, (VIII Joint National Committee, 2014), dentre 782 pacientes atendidos em 2013. Coleta de dados em 2 etapas (E1 e E2), com intervalo de 1 ano (agosto/2014-junho/2016). Indivíduos distribuídos em 4 grupos: G1 (hipertensos); G2 (hipertensos com dislipidemias), G3 (hipertensos com diabetes-DM) e G4 (hipertensos com dislipidemias e DM). Utilizou-se estatística descritiva e teste t para verificar diferenças entre as etapas, com nível de significância de p<0,05. Aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa.

Resultados e Conclusões

Houve predomínio de mulheres (127; 64,8%), idade média: 69,4±4,8 anos, faixa etária: 70-79 anos (50,5%) e cor branca (111; 56,6%). O número médio de comorbidades foi 3,6±1,3, sendo mais frequentes: dislipidemias (114; 58,2%), obesidade (97; 49,5%), DM (77; 39,3%) e insuficiência cardíaca congestiva (5; 2,6%). 36 (18,4%) não estavam com a pressão arterial (PA) controlada (≥ 140x90 mmHg), na E1. O tempo médio de uso de anti-hipertensivos foi 18,2±11,2 anos. Os participantes utilizavam de 1 a 7 anti-hipertensivos (média: 3,20±1,24). 72 (36,73%) usavam 4 ou mais anti-hipertensivos. Na E1, a média global da PA sistólica (PAS) foi 136,2±20,8 mmHg e da PA diastólica (PAD) foi 77,4±13,0 mmHg. Na E2, a média global da PAS foi 131,8±21,9 mmHg e da PAD foi 73,5±11,3 mmHg. A diferença entre as médias das PAS e PAD, entre E1 e E2, foi significativa, com valores de p=0,007 e p=0,000, respectivamente. Ocorreu redução de 4,38mmHg na PAS e de 3,98mmHg na PAD, entre E1 e E2. Não houve mudança significativa em relação a PAS, em G1, G2, G3 e G4 e em relação a PAD, ocorreram diferenças significativas, em G1 (p=0,030), G2 (p=0,000) e G4 (p=0,009).
Conclusões: O tratamento instituído foi efetivo sobre a PAS e a PAD, sem intercorrências adversas graves, com possível impacto na redução futura de eventos cardiovasculares. Observou-se redução significativa na PAD, na maioria dos grupos, conforme constata-se na prática clínica diária no manuseio da HAS em idosos.

Palavras Chave

Hipertensão
Idoso
Doenças Cardiovasculares
Comorbidade
Sistema Único de Saúde

Área

LIGAS

Instituições

AREPAH - São Paulo - Brasil, EERP-USP - São Paulo - Brasil, FCFRP-USP - São Paulo - Brasil, FMRP-USP - São Paulo - Brasil

Autores

Evandro José Cesarino, Evandro José Cesarino, Angela Silva Santos, Angela Silva Santos, Heder Salu Belarmino, Heder Salu Belarmino, Guilherme Patrocínio Freitas, Guilherme Patrocínio Freitas, Daniela Sardinha Silva, Daniela Sardinha Silva, Flávia Tortul Cesarino, Flávia Tortul Cesarino, Miyeko Hayashida , Miyeko Hayashida , Regina Célia Garcia Andrade, Regina Célia Garcia Andrade