XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL NO MANEJO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.

Introdução

Doenças crônicas, na ausência de fator hereditário, podem ser entendidas como reflexos da má qualidade de vida. A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica, assintomática, caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados. Se não tratada adequadamente tal patologia promove consequências graves a alguns órgãos-alvo. Os tratamentos previstos para pacientes hipertensos consistem na possibilidade da prescrição de fármacos, e, essencialmente, no tratamento não medicamentoso que inclui controle do estresse e trabalho do autodomínio, para que o indivíduo mude costumes prejudiciais como alcoolismo, tabagismo e hábitos alimentares inadequados.

Objetivo

O trabalho tem por objetivo a análise da esfera psíquica no manejo da hipertensão.

Método

Entre os meses de abril e junho de 2018 foi realizado levantamento de artigos e monografias por meio da pesquisa dos descritores “hipertensão” e “psicologia” nas bibliotecas virtuais BIREME e SCIELO. Após selecionados 10 artigos publicados entre os anos de 2014 à 2017 realizou-se a revisão de literatura descritiva qualitativa.

Resultados e Conclusões

O aumento da pressão sanguínea associado ao estresse advém de mudanças autonômicas e neuroendócrinas na contratilidade cardíaca e na resistência vascular periférica. A associação dessas alterações caracteriza o comportamento simpático de luta e fuga. Entretanto, algumas pessoas apresentam aumentos de pressão sanguínea superiores às demandas dos estressores. Tais eventos representam fatores de risco para desenvolvimento de hipertensão e a repetição desses pode acarretar espessamento das paredes arteriais culminando na cronicidade da doença. Além do estresse, a raiva também pode estar associada por ter um reflexo na fisiologia cardiovascular. Outra questão importante relacionada a raiva está em seu aspecto psicossocial. Sendo ela um fator que afeta negativamente os relacionamentos interpessoais, pode representar um prejuízo do apoio social que é um fator integrante dos tratamentos da maioria das patologias. Em suma, é evidente a necessidade do suporte psicológico previsto no tratamento não farmacológico da hipertensão. O controle do estresse, bem como da raiva, e o desenvolvimento do autodomínio protegem o indivíduo não só em um aspecto orgânico mas também prevenindo os efeitos danosos desses fatores no âmbito do apoio social.

Palavras Chave

Hipertensão, psicologia, fatores de risco, estresse, raiva

Área

ÁREA MULTIDISCIPLINAR - PSICOLOGIA

Instituições

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ - Pará - Brasil

Autores

Júlia Cypriani Moraes, Larissa de Farias Teixeira