XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO ENTRE OS GENEROS E O IMPACTO GLICEMICO DA TERAPIA ANTI HIPERTENSIVA EM UMA POPULAÇAO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Introdução

a escolha da terapia anti hipertensiva tem um grande impacto não só do controle da pressão arterial do paciente com diabetes mellitus tipo 2 (DM2), mas também na prevenção e no controle metabólico do paciente hipertenso.

Objetivo

avaliar o tratamento anti hipertensivo prescrito e o impacto das classes medicamentosas sobre o controle glicêmico em pacientes com DM2.

Método

selecionamos 104 pacientes diabéticos em tratamento em uma clínica privada de São José do Rio Preto-SP, sendo 66 com hipertensão (HAS) e avaliamos idade, sexo, nível de hemoglobina glicada (a1C) relacionando com o atual esquema anti hipertensivo.

Resultados e Conclusões

nos pacientes com DM2 e HAS (n = 66), média de idade 63,7 ± 10,4 anos, média de a1C 7,3 ± 1,3% e 95,4% usava metformina, 34,8% sulfoniluréias, 10,6% insulina e 60,6% outros hipoglicemiantes; 80,3% usavam estatina, 89,3% iECA/BRA, 45,4% diuréticos (sendo 86,6% hidroclorotiazida), 34,8% beta bloqueadores e 21,2% outros anti hipertensivos. No sexo feminino (n = 33), média de idade 62,7 ± 11,9 anos, média de a1C 7,3 ± 1,3% e 93,9% usava metformina, 33,3% sulfoniluréias, 12,1% insulina e 51,5% outros hipoglicemiantes; 84,8% usavam estatina, 81,8% iECA/BRA, 60,6% diuréticos, 45,4% beta bloqueadores e 15,1% outros anti hipertensivos. No sexo masculino (n = 33), média de idade 64,7 ± 8,8 anos, média de a1C 7,3 ± 1,3% e 96,9% usava metformina, 36,3% sulfoniluréias, 9,0% insulina e 69,6% outros hipoglicemiantes; 75,7% usavam estatina, 96,9% iECA/BRA, 30,3% diuréticos, 24,2% beta bloqueadores e 27,2% outros anti hipertensivos. Na comparação entre os grupos, o uso de diuréticos foi mais frequente no sexo feminino (p=0,01). Não encontramos diferença significativa no maior uso de iECA/BRA entre os homens (p=0,057) e no maior uso de beta bloqueadores entre as mulheres (p=0,08), apesar da proximidade. Também não houve diferença significativa em relação a idade, a1C, uso de estatina e as outras medicações para o tratamento do DM2 e HAS.
Conclusão: estudos apontam o papel metabolicamente positivo dos iECA/BRA e negativo da hidroclorotiazida e beta bloqueadores sobre a glicemia. Mesmo o uso sendo significativamente maior de diuréticos, especialmente hidroclorotiazida, e mais frequente de beta bloqueadores entre as mulheres e maior o uso de iECA/BRA entre os homens, não encontramos diferença no controle do diabetes.

Palavras Chave

obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, gênero, terapia anti hipertensiva

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

Faculdade de Medicina da Unilago - São Paulo - Brasil

Autores

Flavio Fontes Pirozzi, Maria Laura Muniz, Heloisa Rezende de Souza Alves, Marcelo Benzati Junior, Eduarda Sayeg Corbucci, Helena de Queiroz Espinha, Bárbara Duarte, Tatiana Assad Domingos Theodoropoulos