XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

TROMBO GIGANTE INTRAVENTRICULAR EM PACIENTE JOVEM ASSINTOMATICO, ASSOCIADO A HAS E DM

Apresentação do Caso

As massas cardíacas e paracardíacas podem ser classificadas como neoplásicas ou não neoplásicas. Em relação à formação de trombos intraventriculares, esta é uma complicação que pode estar presente em qualquer condição de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (VE), sendo, geralmente, relacionada à miocardiopatia dilatada e infarto agudo do miocárdio.

Discussão

Relatar o caso de um paciente adulto jovem portador de hipertensão arterial (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) com massa em VE, indicando possível risco de trombose intraventricular. Fez-se um resumo a partir de uma pesquisa qualitativa do tipo relato de caso. Os instrumentos utilizados para sua realização foram dados clínicos e sintomatológicos do paciente, através revisão dos prontuários e análise de exames complementares. J. L. S., 37 anos, masculino, procurou consultório para consulta de rotina. Queixava-se apenas de impotência sexual e níveis pressóricos elevados. Ao exame físico apresentava PA:160x100mmhg, IMC de 35kg/m², circunferência abdominal de 105cm e abdômen em avental. Inicialmente foram solicitados exames laboratoriais e ecocardiograma (eco). Ao eco evidenciou-se AE.: 38 FE: 42% Delta D:21% com possível trombo apical de 29,7x26,6mm. Déficit moderado por comprometimento difuso de VE. Foi solicitado US de Renal, no qual não evidenciou alterações. Frente ao alto risco cardiovascular também foi solicitado cintilografia do miocárdio (MIBI) que apresentou acentuada hipoperfusão transitória na parede inferior (12%). Cineangiocoronariografia mostrou-se sem obstruções com imagem sugestiva de trombo em VE ou tumor. Diante do quadro foi solicitado RNM cardíaca que evidenciou massa adjacente à parede septal das porções médias e apical do VE, medindo 3,8x1,5cm que não apresentou captação de realce tardio, compatível com trombo.

Comentários finais

Trata-se de um quadro clínico infrequente, mas que valida, alguns dos principais fatores de risco para trombose intraventricular, que seriam: Infarto Agudo do Miocárdio, Miocardiopatia dilatada, condições com disfunção severa de VE, principalmente associado à interrupção precoce da terapia antiplaquetária dupla (AAS e clopidogrel) e diabetes mellitus. Preconiza-se que a anticoagulação seja o tratamento inicial na maioria dos casos, mas não existem recomendações específicas sobre trombólise ou trombectomia.

Palavras Chave

HAS; TROMBOSE INTRAVENTRICULAR;

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

UNIUBE - Minas Gerais - Brasil

Autores

Thaísa Silveira Portelinha Vieira, Érica Batista Morais, Bruna Aparecida Silva