XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

Prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica nos pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico na cidade de Campo Grande-MS

Introdução

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) têm causado bastante dispêndio financeiro e afetado o perfil de morbimortalidade dos pacientes portadores dessas patologias. Dentre essas doenças crônicas, destacam-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), o Diabetes Mellitus (DM) e as Doenças Renais Crônicas (DRC), devido aos seus reflexos desfavoráveis na saúde pública. A DRC é um importante problema de saúde pública que implica por maus resultados inerentes a doença e elevados gastos com o tratamento. Segundo o Censo Brasileiro de Diálise, em relação ao diagnóstico da doença renal primária, os mais frequentes em 2016 foram hipertensão arterial (34%) e diabetes (30%), seguidos por glomerulonefrite crônica (9%) e rins policísticos (4%); outros diagnósticos foram feitos em 12% e este ficou indefinido em 11% dos casos.

Objetivo

Caracterizar a prevalência de HAS nos pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico em instituições que atendem pelo Sistema Único de Saúde no município de Campo Grande-MS.

Método

Análise retrospectiva de 552 prontuários de pacientes com diagnóstico de DRC, admitidos no programa de hemodiálise de instituições em Campo Grande-MS, no período de fevereiro a abril de 2018, avaliando a prevalência de HAS e características sociodemográficas dessa população.

Resultados e Conclusões

Quanto aos aspectos sociodemográficos, obteve-se que 57,43% dos pacientes eram do sexo masculino e 42,57% do sexo feminino. A média de idade foi de 52 anos e os indivíduos foram classificados em faixas etárias, sendo que a maioria estava entre 51-60 anos. Quanto à etnia/raça, obteve-se que 49% eram brancos. A principal patologia de base associada à DRC foi a HAS, presente em 63,59% dos pacientes. Desses, 57,26% correspondiam ao sexo masculino e 42,74% ao sexo feminino. Não obstante, HAS e DM estiveram presentes, de maneira associada, em 29,89% dos pacientes.
A elevada prevalência de HAS, isoladamente ou associada, observada no presente estudo, indica que as alterações pressóricas constituem importante fator de risco para o desenvolvimento de DRC e consequente necessidade de tratamento renal substitutivo, no caso, a hemodiálise; corroborando com os resultados de outros estudos sobre o tema. Dessa forma, tais resultados reforçam a necessidade de rastreio precoce da DRC em pacientes hipertensos, na atenção primária, favorecendo as ações preventivas de saúde.

Palavras Chave

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

Thamires Durans Corrêa, Camilla de Souza Sodré, Tânia Christina Marchesi de Freitas