XXVI Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão

Dados do Trabalho


Título

Perfil terapêutico de pacientes hipertensos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde da Família de Campo Grande-MS

Introdução

A HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) pode ser definida como uma condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Estudos realizados no Brasil revelaram que a prevalência da HAS variou entre 22,3 e 43,9%, com média de 32,5% de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por Doenças Cardiovasculares (DCV). O tratamento visa a redução da morbimortalidade cardio e neurovasculares, bem como a redução de complicações renais. O tratamento medicamentoso pode ser realizado com uma ou mais classes de fármacos, para que sejam obtidas as metas para a pressão arterial (PA) e de acordo com situações específicas.

Objetivo

Estabelecer o perfil terapêutico de hipertensos de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF), em Campo Grande-MS.

Método

Análise retrospectiva de 100 prontuários eletrônicos de hipertensos de uma microárea da UBSF, realizado no período de agosto a novembro de 2016, avaliando dados sociodemográficos, classificação da PA, Diabetes Mellitus (DM) associada, tipo de terapia anti-hipertensiva e anti-hipertensivos em uso. A pesquisa é parte integrante do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/GRADUASUS).

Resultados e Conclusões

Quanto aos dados sociodemográficos, obteve-se: prevalência do sexo feminino (68%); a maioria se autodeclarou branco (37%); e prevalência da faixa etária ≥ 60 anos (53%). A PA foi classificada de acordo com a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: PA Ótima (10%), PA Normal (19%), PA Limítrofe (16%), HAS Estágio 1 (28%), HAS Estágio 2 (19%), HAS Estágio 3 (5%) e Hipertensão Sistólica Isolada (3%). Da população estudada, 41% apresentaram DM associado à HAS. Em relação ao tipo de terapia anti-hipertensiva, observou-se que 64% fazem uso da terapia combinada. Os anti-hipertensivos mais prescritos foram losartana 27%, seguido de hidrocloratiazida 25% e captopril 10%.
Através do estudo, observou-se que o perfil de utilização de medicamentos por indivíduos com hipertensão na UBSF em questão foi semelhante ao observado em outros estudos. Os resultados sugerem a necessidade de intervenções nesses pacientes, visando o diagnóstico precoce, o correto tratamento e ainda minimizar as complicações decorrentes da hipertensão arterial, além de prevenir o surgimento de outras DCV.

Palavras Chave

Área

ÁREA CLÍNICA

Instituições

Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

Thamires Durans Corrêa, Stephanie Pereira da Costa, Vitória Oshiro Orro, Ariane Ripel Salgado, Socorro Andrade de Lima Pompilio