XVII Congresso Sul-Brasileiro de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

QUANDO A HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA COMPROMETE A VISAO

Fundamentação/Introdução

Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tem grande impacto na vida da pessoa portadora dessa doença e, no que se refere aos olhos, destaca-se a Retinopatia Hipertensiva (RH). Para minimizar e até mesmo evitar o avanço da HAS e complicações decorrentes, o Governo Federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) implantou o programa denominado HIPERDIA, o qual conta com palestras, visitas domiciliares, reuniões em grupos e atendimento individual, visando a educação em saúde.

Objetivos

Objetivos: Verificar se o paciente hipertenso recebe, no programa HIPERDIA, informações a respeito das consequências da HAS não controlada e prevenção de lesões em órgãos-alvo, especialmente nos olhos.

Delineamento e Métodos

Métodos: Estudo observacional, analítico, transversal, desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Guarapuava – PR, as quais ofertam o programa HIPERDIA. O levantamento e análise de dados duraram 1 mês e, se deram a partir da aplicação de questionário aos pacientes com diagnóstico de HAS e que estão inclusos no programa.

Resultados

Resultados: Foram abordados 55 participantes e, desse total foram excluídos 6, por se encaixarem nos critérios de exclusão. Ao final, 49 participantes contribuíram com a pesquisa e coleta de dados. À respeito das complicações que podem levar à cegueira, 69% dos participantes (34) afirmaram que sabiam da evolução da perda de visão, 31% (15) desconheciam tal fato. Sobre o tratamento e o repasse de informações, 24 (49%) afirmaram que não as recebiam de forma clara, 23 (47%) concordaram com o repasse das orientações e os 2 restantes (4%) responderam que as obtinham parcialmente. Quanto a realização de consultas regulares ao oftalmologista e aos motivos do não comparecimento a essas consultas, 7% afirmaram que não tiveram acesso (3); 39% não procuraram atendimento, sendo encaminhados conforme classificação de risco (19); 18% relataram não ter obtido o encaminhamento (18); e, 37% (18) afirmaram que, mesmo com o encaminhamento para o oftalmologista, a fila de espera era muito grande.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: Conclui-se que o conhecimento e repasse das informações a respeito das complicações da HAS são insatisfatórias, fazendo-se necessário um trabalho conjunto da Atenção Primária com a Oftalmologia na propagação de informações à população.

Palavras-chave

Hipertensão arterial sistêmica. Retinopatia hipertensiva. Lesões em órgãos-alvo. HIPERDIA.

Área

RETINA

Autores

ANDRESSA CRISTINA SANTOS, ELIANA DE FÁTIMA PIRES