XVII Congresso Sul-Brasileiro de Oftalmologia

Dados do Trabalho


Título

LINFANGIOMA ORBITARIO - RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

Linfangiomas são tumorações benignas raras dos sistemas linfático e vascular, de ocorrência predominante na cabeça e região cervical de pacientes em faixa de idade pediátrica. Estudos demonstraram que o diagnóstico de linfangioma orbitário, em 43% dos casos, é feito antes dos 6 anos de idade e 60%, antes dos 16. As manifestações clínicas mais frequentes desta patologia são proptose e ptose, mas podem incluir também restrição da motilidade ocular extrínseca, dor, diplopia, exposição comeana, perda visual por neuropatia óptica compressiva e ambliopia.

Objetivos

Este estudo tem o objetivo de relatar um caso de linfangioma orbitário em uma paciente de 29 anos e de ressaltar a importância de aventar tal hipótese como diagnóstico diferencial de proptose, mesmo em adultos.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo observacional descritivo por meio da análise do prontuário e exames de uma paciente com queixas oftalmológicas e exames de imagem compatíveis com o diagnóstico de linfangioma orbitário. Após a coleta dos dados, foi realizada uma análise e comparação com conteúdos disponíveis em artigos científicos e outros relatos para a elaboração deste relato de caso.

Resultados

Paciente feminina, com 29 anos de idade, buscou atendimento em um serviço de Oftalmologia. A paciente referia ter apresentado cefaleia intensa por vários dias cerca de dois meses antes da consulta, sem alterações visuais percebidas no período. Ao exame físico, notava-se leve proptose unilateral do globo ocular esquerdo. Após a análise de exames de imagem (ressonância magnética contrastada de órbitas, tomografia computadorizada de crânio e angiotomografia computadorizada arterial e venosa do crânio), foi então definido o diagnóstico de linfangioma orbitário. Tendo em vista a estabilidade do quadro clínico, foi optado pelo seguimento de modo conservador.

Conclusões/Considerações Finais

Os linfangiomas orbitários são difíceis de tratar devido à proximidade com o globo ocular e outras estruturas importantes da cavidade orbitária. Assim, uma opção muitas vezes adotada é a vigilância clínica periódica sobre os pacientes sem implementar nenhuma intervenção. Isso porque alguns tumores são pequenos ou em locais de difícil acesso e não estão ameaçando a visão. Contudo, o conhecimento sobre essa doença é muito importante para que os pacientes acometidos sejam precocemente avaliados e tratados de forma adequada em casos de exacerbações do quadro clínico, evitando que sofram complicações irreversíveis do quadro.

Palavras-chave

Linfangioma; Neoplasias orbitárias; Tumores de vasos linfáticos

Área

ONCOLOGIA OFTALMOLÓGICA

Autores

CESAR BRESSANIN, Ághata Silvestre Ferraz, Vitor Verona Ceni