Dados do Trabalho
Título
PRESSAO CENTRAL E VELOCIDADE DA ONDA DE PULSO EM PACIENTES HIPERTENSOS RESISTENTES DIABETICOS E NAO DIABETICOS
Introdução
Pacientes hipertensos resistentes (HAR) tem maior prevalência de lesões em órgãos alvo, quando associada a diabetes tipo 2 ocorre maior comprometimento cardiovascular (CV) e expressam um fenótipo de alto risco CV. Portanto, faz-se necessária avaliação precoce de lesões arteriais diretamente envolvidas em eventos cerebrovasculares e coronarianos. A velocidade da onda de pulso (VOP) aumenta com a redução da complacência arterial, provoca elevação da pressão aórtica central, promove hipertrofia ventricular esquerda, aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio e doença isquêmica. A VOP, método não invasivo, de simples aplicabilidade é amplamente utilizada para avaliar rigidez arterial e elasticidade.
Objetivo
Avaliar a presença de alterações na velocidade de onda de pulso (VOP) em pacientes hipertensos resistentes diabéticos e não diabéticos que permaneciam em tratamento anti-hipertensivo.
Método
Foram incluídos neste estudo 55 pacientes hipertensos resistentes do Ambulatório de HAR da FAMERP, sendo 22 não diabéticos (15F/7M) e 33 diabéticos (25F/8M) participaram deste estudo. VOP, Pressão sistólica central (PSC) e índice de incremento (AI) foram mensuradas com aparelho SphygmoCor CPV (AtCor Medical, USA). Foi utilizada análise estatística descritiva e teste t com correção de Welch quando necessária, P< 0,05.
Resultados e Conclusões
Para as principais características clinicas não foram notadas diferenças significativas exceto para Hemoglobina Glicada com um p < 0,0001 diferenciando os grupos diabéticos e não diabéticos. Em relação aos parâmetros de avaliação da pressão central e velocidade da onda de pulso a pressão central e o índice de incremento não apresentaram significância. No grupo de hipertensos resistentes diabéticos houve elevação nos níveis da velocidade da onda de pulso em relação ao grupo de hipertensos resistentes não diabéticos resultados expressos em média + desvio padrão, diabéticos 11,4±3,9 não diabéticos 9,8±1,6, com um p<0,042.
Conclusão: pacientes com hipertensão arterial resistente e diabetes não controlado representam um fenótipo de alto risco cardiovascular e apresentam aumento da rigidez arterial, com maior possibilidade de eventos cerebrais e cardiovasculares futuros.
Palavras Chave
hipertensão arterial resistente; diabetes; velocidade da onda de pulso; VOP; pressão central
Área
ÁREA CLÍNICA
Instituições
Faculdade de Medicina de Rio Preto - São Paulo - Brasil
Autores
Tatiane Azevedo Rubio, Elizabeth Espirito Santo Cestario, Maira Regina Souza, Priscilla Galisteu-Mello, Jessica Rodrigues Roma Uyemura, José Fernando Vilela-Martin, Juan Carlos Yugar Toledo